Monday, September 24, 2007

President Bush Meets with Prime Minister Sócrates of Portugal

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Office of the Press Secretary
September 17, 2007

President Bush Meets with Prime Minister Sócrates of Portugal
Oval Office

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12:10 P.M. EDT

THE PRESIDENT: It has been my honor to welcome the Prime Minister of a steady ally and a good friend to the Oval Office. Not only does Prime Minister Sócrates represent a close friend, he also has got an important assignment, and that is to lead the EU right now. So we discussed our bilateral relations. I asked the Prime Minister, I said, how would you frame our bilateral relations, he said: good. Well, you know, I feel the same way. And I thank you for coming.

President George W. Bush meets with Portugal's Prime Minister Jose Sócrates in the Oval Office, Monday, Sept. 17, 2007. President Bush congratulated Prime Minister Sócrates, who will serve as President-in-Office of the Council of the European Union for the second half of 2007. White House photo by Eric DraperI do want to thank the people of Portugal for supporting your decision to help the people of Iraq and Afghanistan realize the blessings of freedom, and I appreciate that. I know those aren't easy decisions to make, but the people in those countries that believe that they should live in a free society and want to live in a free society appreciate your contributions, as well.

And I thank you very much for the comprehensive dialogue we've had on issues of common concern as the -- in your role as the -- at the EU. First we discussed and confirmed that transatlantic relations are very important for the United States and the EU. And the Prime Minister said he wants to work closely with the United States, and I said I want to work closely with the Prime Minister to keep the transatlantic ties very strong.

Secondly, we talked about issues like Darfur, Doha. We talked about Kosovo and the Middle East. And both of us are committing to working together to see if we can't solve those problems, or at least put them in a better position.

And so, Mr. Prime Minister, you're welcome here any time. I appreciate that you're setting such a good example for people in your own country and around the world by being an avid exerciser at the ripe old age of 50. And you're welcome to come to the Oval Office again.

PRIME MINISTER SÓCRATES: Thank you, Mr. President. It was a very sympathetic conversation with you. And thank you for the invitation and the opportunity to present to you what are the priorities for Europe in the months ahead. In particular, we had the opportunity to discuss the transatlantic relation, and importance to Europe on the relation with the United States. As a matter of fact, I don't see any strategic question for the world that don't demand, require the most -- better relations with Europe and United States.

And thank you also for the opportunity to discuss some of our more delicate matters in the international agenda, mainly the question of Kosovo and the Middle West [sic] problem. I had the opportunity to tell the President how Europe can see with good (inaudible) the declaration on Middle East of President Bush, the nomination of Tony Blair. And we are feeling that the peace process is moving, and it's very good for Middle East, of course, for Europe, and for the world.

Also our discussions about Kosovo show that the cooperation between Europe and the United States is very important for safety and for stability in the world. And I guaranteed to the President that the first priority I have in my mind regarding Kosovo is keep Europe united. And we will do my [sic] best in order to face the delicate problem, but important for Europe in order to show a strong and united Europe.

Well, thank you very much.

PRESIDENT BUSH: Thank you, sir. Thank you all very much.

END 12:15 P.M. EDT

Saturday, September 08, 2007

"A ministra vai acabar o mandato angustiada e só"

"A ministra vai acabar o mandato angustiada e só"
Público 08.09.2007, Andrea Cunha Freitas
Poucos dias depois do acordo com o Governo, Vasco Teixeira acusa Maria de Lurdes Rodrigues de ser o principal problema da Educação

Vasco Teixeira sabe o que quer dizer. As duras críticas que faz à actuação da ministra da Educação não são resultado de um momento irreflectido ou desabafos que uma discussão acesa pode provocar. "São tudo coisas que diria cara a cara com a ministra", assume. O coordenador da comissão do livro escolar da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros pensou sobre o actual cenário da educação em Portugal e resolveu "colocar agora o dedo na ferida". "O principal problema da Educação no país é a ministra", conclui Vasco Teixeira, ao declarar total falhanço à execução de uma série de "boas políticas". Mas o representante daquela que ainda é a maior editora escolar, a Porto Editora, reconhece a inteligência e coragem de Maria de Lurdes Rodrigues.
Após a divulgação do aumento do preço dos manuais escolares, o secretário de Estado da Educação revelou que as negociações foram muito duras. Esteve-se perto da ruptura?
Foram muito duras mesmo e estivemos perto da ruptura. As associações estavam 100 por cento unidas. Pela primeira vez de há seis anos para cá o Governo teve uma frente unida. Factualmente, os preços - sobretudo no 1º. ciclo - dos livros estão demasiado baixos. O congelamento dos últimos quatro anos foi um sacrifício que passou a ser insustentável e deixou uma mossa grande.
Fala das alegadas perdas na ordem dos 20 por cento...
Cerca de 20 por cento. Nos últimos quatro anos, à excepção da Porto Editora, todas as outras editoras de livros escolares ou faliram ou mudaram de mãos. É sintomático.
As movimentações no mercado das editoras devem-se apenas ao congelamento dos preços?
A isso e à percepção que os editores tiveram que a ministra queria acabar com as editoras escolares
Queria?
Ainda não sei qual é a margem de manobra que quer dar às editoras escolares... mas houve aqui uma altura que não tivemos dúvidas que estava em causa o fim das editoras escolares. Esta ministra tem aversão ao negócio e, por isso, acha que os editores são empresas que lucram com um negócio que não devia dar lucro: a educação. Só não nacionaliza esta actividade porque não pode. Mas gostaria de o fazer. É muito próprio de uma esquerda quase radical...
O Governo é acusado de ser uma esquerda demasiado à direita...
Na educação, não. Acredito que ela queria nacionalizar a edição do livro escolar. Queria cercear fortemente a actuação dos editores escolares. Desde o início que a ministra falou em adoptar dois ou três livros, limitar o número de títulos. Na primeira versão do projecto de lei o Ministério da Educação (ME) arrogava-se o direito de certificar vários livros, mas recomendar um livro de adopção. Repare na desconfiança e paternalismo para com os professores! Está quase no livro único, é só não ter coragem de o assumir. Depois esbateu-se.
Os editores gerem um negócio e querem lucro...
Esse é um princípio. Como dizia um colega nosso ao secretário de Estado há umas semanas, "eu só faço os livros que me derem lucro, os outros tem de ser o senhor a fazer". É legítimo que seja assim. Não somos instituições de caridade e, se não formos rentáveis, ou fechamos ou ficamos a dever dinheiro...
Recentemente, o ME cedeu aos editores. Não é inoportuno surgir com estas críticas? Porquê agora?
A imagem de cedência foi dada pelo Governo. Nós não sentimos nenhum sabor de vitória. Antes pelo contrário. O Governo cedeu onde era mais fácil, onde era inevitável e onde porventura seria quase ridículo não ceder.
Mas não teme que estas críticas piorem a relação com o ME?
A relação neste momento não é má. Tenho imensa pena... acho que esta ministra podia ficar para a História de Portugal. Porque teve coragem, pôs o dedo na ferida numa série de problemas. Aliás, toda a gente nos primeiros dez meses a apoiou. Em todas as medidas, mesmo as mais difíceis. Desde o Presidente da República, eu diria que quase até a oposição, aos comentadores, até muitos professores em surdina a apoiavam contra as posições do sindicato. A ministra teve tudo para ter sucesso: o apoio do primeiro--ministro, a inteligência para verificar onde havia problemas, a coragem política para introduzir reformas. Mas fez tudo da pior maneira porque não tem confiança nas pessoas nem nas instituições. Faz tudo de uma forma centralizada, sozinha. Acho que vai acabar o mandato angustiada e só. A ver as medidas a não resultar. Tem uma visão demasiado desconfiada e centralizadora que faz com que transforme boas ideias em más políticas e más políticas em péssimas concretizações.
Reconhece-lhe inteligência e coragem política...
O que a ministra pretende é que haja mais alunos com sucesso no [ensino] secundário. Subscrevo essas medidas, mas não posso aceitar que os editores sejam marginalizados nesse processo. E a maneira como trata os editores é a mesma que usa para tratar os professores, confundindo-os com os sindicatos, desconfiando deles. Trata-os como pessoas que não são pessoas de bem e depois espera que as coisas resultem... Não podem resultar.
O que pode acontecer?
Os resultados com as aprendizagens dos alunos vão piorar. O funcionamento de todo o sistema está pior do que antes.
O principal problema da educação em Portugal, na sua opinião, é a ministra?
Claramente. Ela não consegue construir com os professores e os agentes educativos.
Deve demitir-se?
Não. Deve assumir a responsabilidade pelas suas medidas. Até porque o Governo não vai mudar durante a presidência europeia. Depois teremos mais um ano e meio até às próximas eleições. Vamos então ver se a ministra terá capacidade para corrigir uma série de problemas que as suas medidas não conseguiram resolver ou se vai deixar para quem vier a seguir.
Em qual desses cenários aposta?
Os alunos e o país merecem que os problemas se resolvam mais cedo. Uma das razões pelas quais dou esta entrevista crítica nesta altura em que assinei um acordo com o ME é um pouco para contribuir para esse salto. E se esse salto não acontecer, eu, pelo menos, tenho a consciência tranquila. Pus o dedo na ferida. Há muita gente - a maior parte dos editores, professores, pais e alunos - a querer colaborar na melhoria do sistema. A desconfiança e o centralismo impede-a de construir com as pessoas. Tem dois anos pela frente em que pode corrigir muita coisa se quiser. Se não quiser, eu ficarei a rezar para que o primeiro-ministro a substitua.
Pequeno destaque em caixa com fundo que tambem pode servir de legenda para a fotografia do lado esquerdo

Em 2001 o então ministro José Sócrates sonhou com uma lei inexistente. E escreveu uma carta a um jornalista do PÚBLICO

Em 2001 o então ministro José Sócrates sonhou com uma lei inexistente. E escreveu uma carta a um jornalista do PÚBLICO

Publico, 7 Set 2007

O sonho de Sócrates que se tornou realidade
Em Novembro de 2001, o então ministro do Ambiente,
José Sócrates, sonhou com uma lei inexistente.
E ao chegar ao seu gabinete escreveu
uma carta a um jornalista do PÚBLICO. Queria
avisá-lo de que a “invocação pública” de uma
escuta telefónica feita pela Judiciária a uma conversa em
que ele intervinha “constitui a prática de um crime”. A
advertência, feita com o intuito de travar a publicação de
uma notícia referente a essa escuta, não tinha qualquer
fundamento legal. Na semana passada, porém, o sonho
de José Sócrates tornou-se realidade.
Revelar o teor de uma escuta telefónica constante de
um processo judicial que não se encontrava em segredo
de justiça não era crime em 2001. Nem ninguém sonhava
que o viesse a ser, a não ser Sócrates e, eventualmente, alguns
dos que o acompanham na presente cruzada contra
a liberdade de informação. Mas a declaração de guerra
do actual primeiro-ministro àquilo que os seus acólitos
denominam de “jornalismo de sarjeta” já tinha sido feita
nas páginas do PÚBLICO.
Numa carta publicada neste jornal em 1 de Março de
2001, Sócrates perorava sobre ética e deontologia dos jornalistas
e anunciava o que aí vinha: “Parece que é tempo
de começar a combater as éticas de plástico que outros
agora sustentam [referindo-se a alguns jornalistas], por
mais politicamente incorrecto que isso possa ser.”
Meses depois, quando o PÚBLICO o confrontou com a
escuta telefónica em que dava instrucções a um empresário
seu amigo sobre o que devia fazer para interferir no
resultado de um concurso público, Sócrates desejou tanto
que os seus sonhos fossem realidade que não se coibiu de
qualifi car como crime aquilo que nunca o fora. A conversa
tinha sido gravada anos antes, quando ele era deputado, e
resumia-se a uma recomendação para que o empresário
contactasse, e posteriormente recompensasse, um seu
colaborador do aparelho socialista da Covilhã. A este,
que era assessor do presidente da câmara local e a quem
Sócrates telefonaria entretanto, caberia fazer o possível
para resolver o problema do concurso.
A imagem que sobressaía dessa conversa, gravada porque
o empresário em causa estava a ser alvo de uma investigação
judicial, era a de um deputado que se prestava a
usar a sua infl uência para favorecer um amigo (por acaso
fi nanciador do PS) no quadro de um concurso público. E
esta era, independentemente do seu interesse público e da
legalidade indiscutível da divulgação da conversa, a última
coisa que José Sócrates quereria que dele dissessem.
Naturalmente que o PÚBLICO não se deixou intimidar
com a invocação de uma falsa proibição legal. Nem tãopouco
com a solene comunicação com que o ministro
do Ambiente terminava a sua carta: “Informo-o que recorrerei
a todos os meios judiciais ao meu alcance para
defesa da minha honorabilidade e da reserva da minha
vida privada.”
Publicada a notícia em Janeiro de 2002, Sócrates escreveu
ao director do PÚBLICO afi rmando que o texto
não passava de “especulações delirantes e insinuações
falsas e injuriosas”. E acabava declarando: “Porque o
Sr. Cerejo [o jornalista] muito bem sabe que cometeu
vários crimes com a publicação destes textos, prestará
contas em tribunal.”
Na verdade, os anos passaram-se e as ameaças, antes
e depois da revelação da conversa, não deram origem a
nenhum processo judicial da iniciativa de José Sócrates.
O agora primeiro-ministro bem sabia que a história do
“crime” era ainda, e tão-só, um sonho seu.
Quem se queixou em tribunal foi Carlos Martins, o assessor
que ele recomendou ao empresário e que era então (e
ainda o é) presidente de uma junta de freguesia da Covilhã.
Alegou que o seu nome tinha sido manchado pelo jornal,
mas, meses depois, desistiu do processo. Presentemente
está colocado no gabinete do primeiro-ministro e é um
dos seus três adjuntos para os assuntos regionais.
A partir da semana passada, José Sócrates já não precisa
de ameaçar jornais e jornalistas com tribunais e com
leis que não existem. Veio tarde, para o caso da Covilhã,
mas veio a tempo para muitos outros casos e para muita
gente que pretende esconder, com o seu direito individual
à privacidade, o direito de todos portugueses à verdade
sobre quem os governa.
José Sócrates está a ganhar a sua guerra contra as liberdades.
As sucessivas leis que tem vindo a fazer publicar
em matéria de comunicação social estão a transformar-se
numa mordaça. A criminalização da divulgação de escutas
telefónicas que não estão em segredo de justiça, aprovada
com os votos favoráveis do PSD, é apenas mais um passo na
concretização do sonho do primeiro-ministro. Jornalista

Igreja paga indemnização milionária por abuso sexual

Igreja paga indemnização milionária por abuso sexual

Público, 7 de Setembro de 2007

A diocese católica de San Diego,
nos Estados Unidos, concordou ontem
em pagar uma indemnização
de 198 milhões de dólares (quase
144 milhões de euros) a 144 vítimas
de abusos sexuais que terão sido
praticados por padres e funcionários
da Igreja.
O acordo pôs fi m a quatro anos de
negociações nos tribunais e a indemnização
é a segunda maior paga até
agora por uma estrutura da Igreja.
Em Julho, a diocese de Los Angeles
concordara em pagar 660 milhões
de dólares relativos a 508 casos de
abuso sexual.
A diocese de San Diego tinha solicitado,
em Fevereiro, a declaração de
falência. A indemnização acordada é
mais do dobro do que a diocese ofereceu
há cinco meses. Cada vítima irá
receber 1,4 milhões de dólares.